Dussehra e Vijayadashami: A Lenda de Rama, a Força de Durga e o Triunfo da Luz

Dussehra Vijayadashami rama durga

O festival de Dussehra, também conhecido como Vijayadashami, é um dos mais marcantes da Índia. Celebrado em todas as regiões do país com grande alegria, devoção e simbolismo, ele representa a vitória do bem sobre o mal, da luz sobre a escuridão e do dharma sobre o adharma.
Mais do que uma festa religiosa, Dussehra é um reflexo da identidade cultural indiana: um evento que une lendas, teatro, espiritualidade, música, artesanato, fé coletiva e a profunda herança épica.

A palavra Dussehra vem do termo sânscrito Dasha-Hara, que significa “a derrota dos dez” — referência direta à queda de Ravana, o rei-demônio de dez cabeças, símbolo dos dez vícios humanos como raiva, inveja, orgulho e ignorância. Esse festival, celebrado sobretudo no Norte da Índia, lembra a vitória de Rama conforme narrado no Ramayana.
Já o nome Vijayadashami, usado amplamente no Sul e no Leste da Índia, combina Vijaya (vitória) e Dashami (décimo dia). É o décimo dia que marca o fim de Navratri e Durga Puja, encerrando nove dias de devoção à Deusa.
Embora celebrados no mesmo dia, Dussehra e Vijayadashami têm origens e ênfases diferentes, mas compartilham a mesma mensagem essencial: o triunfo do dharma — justiça, virtude e equilíbrio — sobre forças que trazem caos, ignorância e desequilíbrio. É uma celebração externa e interna, um lembrete anual de que o bem pode e deve prevalecer.

Dussehra é celebrado no décimo dia do mês lunar de Ashwin (setembro–outubro), segundo o calendário hindu. Esse dia marca:
o encerramento de Navratri, nove noites dedicadas à energia feminina divina (Shakti), em suas formas Durga, Lakshmi e Saraswati;
o início de um período extremamente auspicioso no calendário hindu, considerado ideal para novos começos, aprendizado, compras importantes, abertura de negócios, cerimônias familiares e rituais de bênção.

Vijayadashami Dussehra
Ídolo da deusa Durga ricamente decorado para o Durga Puja

Para quem não nasceu na Índia — inclusive muitos brasileiros — os termos Dussehra e Vijayadashami costumam parecer dois festivais diferentes. Mas, na verdade, ambos se referem ao mesmo dia do calendário hindu, embora com ênfases culturais distintas.
A confusão surge porque o festival é celebrado de maneiras muito diferentes em cada região da Índia.
No Norte, o dia é chamado Dussehra, e sua narrativa central é a vitória de Rama sobre Ravana, conforme o épico Ramayana. As celebrações costumam incluir grandes Ramlilas e a queima dos imensos bonecos de Ravana.
Já no Sul e no Leste, o mesmo décimo dia de Ashwin é conhecido como Vijayadashami, marcado sobretudo pelo encerramento de Navratri e Durga Puja, a vitória da deusa Durga sobre Mahishasura. É também um dia extremamente auspicioso para novos começos, como o ritual infantil Vidyarambham nos templos.
Em resumo:
É o mesmo dia, mas com nomes diferentes e histórias celebradas de maneiras distintas.
Por isso, estrangeiros acabam confundindo os dois termos — e está tudo bem. Entender ambas as perspectivas revela a riqueza cultural que faz da Índia um mosaico de tradições interligadas, porém únicas.

A narrativa mais celebrada no Norte da Índia vem do épico Ramayana.
Segundo a tradição:
Sita, esposa de Rama, é raptada por Ravana, rei de Lanka.
Após uma busca intensa e uma guerra épica, Rama derrota Ravana com a ajuda de Hanuman e seu exército de vanaras.
Essa vitória é celebrada como Dussehra, simbolizando a vitória do dharma.
Por isso, em muitas cidades indianas, enormes bonecos de Ravana, Kumbhakarna e Meghnath são queimados em grandes campos, acompanhados por fogos de artifício.

Rama matando Ravana no campo de batalha
Rama derrota Ravana no campo de batalha, trazendo o fim de seu reinado tirânico e restaurando a ordem e a justiça

A narrativa mais celebrada no Leste da Índia vem de Durga Puja.
Segundo a tradição:
Durga trava uma batalha de nove dias contra o demônio-búfalo Mahishasura.
No décimo dia, ela o derrota, marcando a vitória do bem sobre as forças do caos.
As imagens da deusa, preparadas com grande devoção durante todo o festival, recebem a última reverência no décimo dia.
Em seguida, são conduzidas em procissões vibrantes até o rio para o ritual de imersão, o visarjan.
Esse ato simboliza o retorno de Durga à sua morada celestial e encerra o festival com um profundo sentido de renovação espiritual.

Deusa Durga matando Mahishasura durante a batalha
A deusa Durga derrota Mahishasura em uma batalha épica, simbolizando o triunfo da força divina sobre as forças do caos

Outra tradição ligada ao festival é:
O dia em que Arjuna, oculto no reino de Virata, recupera suas armas escondidas e vence uma guerra.
Por isso, Vijayadashami é considerado extremamente auspicioso para começar atividades profissionais, estudos ou artes marciais.

Arjuna retomando suas armas escondidas na árvore Shami
Arjuna recupera suas armas que haviam sido escondidas na árvore Shami, marcando o fim do período de exílio disfarçado

Em Uttar Pradesh, o festival ganha uma intensidade única. Varanasi realiza algumas das Ramlilas mais antigas e tradicionais da Índia, com encenações que duram dias e atraem multidões de peregrinos. Já Ayodhya, a cidade natal de Rama, transforma-se em um imenso palco espiritual: ruas iluminadas, cânticos contínuos e cerimônias à beira do Sarayu criam uma atmosfera quase mística. Em ambos os lugares, a queima das efigies de Ravana assume um simbolismo especial, celebrando a vitória de Rama no próprio solo que lhe é sagrado.

Em Bengala Ocidental, Vijayadashami é o dia da grande despedida. É quando ocorre o visarjan, o momento solene em que as magníficas imagens de Durga — preparadas com extremo refinamento artístico ao longo de semanas — são levadas para imersão nos rios. Antes da procissão final, as mulheres realizam o tradicional Sindoor Khela, aplicando vermelhão umas nas outras como expressão de prosperidade e proteção. A despedida da deusa combina emoção e beleza, marcando o encerramento do Durga Puja e simbolizando seu retorno à morada celestial.

Visarjan de Durga com mulheres celebrando o Sindoor Khela
Durante o Visarjan de Durga, mulheres participam do Sindoor Khela, espalhando sindoor umas nas outras em um gesto de alegria, bênção e união

Em Kullu, no Himachal Pradesh, o Dussehra segue um ritmo único no país: ele não termina no décimo dia — ele começa ali. Durante uma semana inteira, o vale se transforma num grande encontro espiritual, reunindo milhares de pessoas e dezenas de divindades locais. Os devtas, acompanhados por músicos e guardiões, chegam em procissões vibrantes vindas de vilas remotas das montanhas, criando um espetáculo de cores, tambores e devoção.
O ponto alto acontece no final da semana, quando ocorre o Lanka Dahan, a queima de uma imensa estrutura simbólica de madeira que representa Lanka, marcando a destruição do mal. Ao contrário de outras regiões, aqui não se queimam bonecos de Ravana — a celebração valoriza o encontro entre as divindades e o espírito comunitário do vale. É uma versão profundamente regional do festival, moldada pela cultura montanhosa e pelas tradições espirituais únicas de Kullu.

Em Karnataka, Mysore Dasara é celebrado com uma grandiosidade que remete diretamente ao esplendor dos antigos reinos do sul da Índia. O Palácio de Mysore torna-se o coração das festividades, iluminado por cerca de 100 mil lâmpadas, criando um cenário cintilante que atrai visitantes de todo o país. No décimo dia, uma imponente procissão real percorre as ruas, com elefantes ricamente decorados, guardas cerimoniais, músicos e dançarinos tradicionais. Ao longo dos dias, a cidade se transforma em um grande palco cultural, com concertos de música clássica, apresentações folclóricas, exposições de arte e competições que celebram o patrimônio histórico e artístico da região. É uma festa que combina devoção, realeza e tradição em uma atmosfera verdadeiramente majestosa.

Palácio de Mysuru iluminado durante as celebrações de Vijayadashami/Dasara
O Palácio de Mysuru iluminado de forma deslumbrante durante Vijayadashami/Dasara, revelando todo o esplendor cultural do festival

Em Maharashtra e Goa, o festival é conhecido como Dasara e carrega um caráter profundamente cultural e simbólico. Aqui, a devoção à Deusa assume formas variadas, desde visitas matinais aos templos até rituais domésticos que pedem proteção e abundância para o ano seguinte. Um dos momentos mais especiais é o Ayudha Puja, quando ferramentas de trabalho, veículos, livros, instrumentos musicais e objetos profissionais são limpos, decorados e reverenciados como símbolos de sustento e conhecimento — um gesto que conecta espiritualidade ao cotidiano.

Outro costume marcante é a troca das folhas de apta, chamadas de “ouro” simbólico. Famílias e vizinhos oferecem essas folhas uns aos outros com votos de prosperidade, fortuna e bons começos. Em muitas cidades, ruas ficam tomadas por procissões, tambores dhol-tasha e danças tradicionais, criando uma atmosfera vibrante que mistura fé, música e comunidade. Dasara, nessa região, não é apenas um festival religioso — é um momento de união, agradecimento e esperança renovada.

Nessa região, o décimo dia de Navratri é marcado pelo encantador ritual do Golu, no qual as famílias montam escadas decorativas repletas de bonecos tradicionais. Cada degrau exibe miniaturas que retratam cenas mitológicas, animais, danças folclóricas, divindades e momentos da vida cotidiana. Mais do que um enfeite, o Golu é considerado uma celebração de criatividade, preservação cultural e aprendizado espiritual, onde adultos e crianças participam juntos na construção desse universo simbólico.

A Ramlila é uma das tradições mais marcantes do Dussehra: uma encenação teatral ao ar livre que dramatiza o Ramayana ao longo de vários dias. Em palcos montados em praças, escolas e campos abertos, atores — muitas vezes crianças e jovens da própria comunidade — interpretam as principais passagens da vida de Rama, desde o exílio até a derrota de Ravana. As apresentações misturam música, diálogos, trajes vibrantes e efeitos pirotécnicos simples, criando um espetáculo popular e participativo. Em cidades como Varanasi e Delhi, a Ramlila atrai multidões e funciona como um elo cultural que transmite valores, mitos e identidade.

Cena de Ramlila apresentada em Ayodhya
Cena da tradicional Ramlila em Ayodhya, retratando episódios da vida de Rama com música, teatro e devoção popular

A queima de Ravana é o momento mais aguardado de Dussehra em muitas regiões da Índia. Ao anoitecer, enormes efígies de Ravana, Kumbhakarna e Meghnath são erguidas em campos abertos, decoradas com tecidos coloridos e recheadas de fogos de artifício. Quando Rama “dispara” a flecha simbólica, as figuras gigantes explodem em labaredas e brilho, iluminando o céu e arrancando aplausos da multidão. O ato representa a destruição do ego, da ilusão e das forças negativas. Para muitos, assistir à queima é uma catarse coletiva, um lembrete visual e poderoso de que o bem sempre triunfa — cedo ou tarde.

Ayudha Puja é um dos rituais mais significativos do período de Dussehra, dedicado a honrar tudo aquilo que sustenta o trabalho, o estudo e a criatividade humana. Ferramentas, instrumentos musicais, armas, livros, computadores e até veículos são cuidadosamente limpos, decorados com flores, folhas de manga e kumkum, e então abençoados perante a divindade. Estudantes agradecem pelos livros, artesãos pelos instrumentos, profissionais por suas ferramentas, enquanto empresas realizam cerimônias coletivas. A essência do ritual é simples e profunda: reconhecer que nenhum sucesso é alcançado sozinho, mas com a ajuda dos instrumentos que moldam a vida cotidiana.

Livros colocados diante da deusa Saraswati para o Ayudha Puja em uma casa
Livros dispostos diante da deusa Saraswati durante o Ayudha Puja em uma casa

O Shami Puja tem origem no episódio do Mahabharata, quando Arjuna escondeu suas armas na árvore Shami durante seu período de exílio. No dia de Vijayadashami, ele retornou para recuperá-las, iniciando assim uma nova fase de vitória. Por causa desse simbolismo, o ritual representa força renovada, retomada de poder e bons começos. Famílias reverenciam ramos da árvore Shami como um gesto de proteção, coragem e sucesso para o ciclo que se inicia.

Vijayadashami é considerado um dos dias mais auspiciosos de todo o calendário hindu, marcado como o momento ideal para iniciar qualquer atividade que se deseja ver florescer. Em muitas famílias, este é o dia escolhido para começar aulas de música, dança, artes marciais ou estudos formais. No Sul da Índia, especialmente em Kerala e Tamil Nadu, realiza-se o ritual Vidyarambham, no qual crianças escrevem suas primeiras letras sob a bênção de mestres e sacerdotes, geralmente dentro de templos ou diante de altares familiares. É um dia de novos começos, renovação espiritual e confiança na vitória do dharma.

Cena da cerimônia de Vidyarambham em Kerala, onde crianças iniciam a aprendizagem
Cena de Vidyarambham em Kerala, onde crianças têm seu primeiro ato de aprendizagem sob a bênção de mestres e divindades, marcando o início auspicioso do conhecimento

Embora Dussehra seja amplamente associado à derrota de Ravana por Rama, certas regiões preservam uma visão muito diferente do rei de Lanka. Em vilarejos do sul da Índia e em partes do Sri Lanka, Ravana é lembrado não como vilão, mas como um devoto ardente de Shiva, um governante sábio e um músico extraordinário do veena. Nessas tradições, sua figura é celebrada por qualidades de coragem, conhecimento e espiritualidade. Essa perspectiva revela a profundidade e a diversidade da cultura indiana, onde um mesmo personagem pode ser visto sob múltiplas luzes — todas carregadas de significado histórico e devocional.

As efígies gigantes de Ravana são verdadeiros monumentos temporários, podendo atingir alturas impressionantes que, em algumas regiões, superam 20 a 30 metros — e há registros locais de estruturas experimentais que se aproximaram dos 65 a 75 metros, construídas por comunidades especializadas no norte da Índia. Artesãos passam semanas trabalhando com bambu, madeira, papel machê, tecido colorido e engenharias complexas de fogos de artifício. Cada camada é pintada à mão, decorada com padrões tradicionais e preparada para a espetacular queima pública. O resultado é uma fusão rara de arte popular, engenharia comunitária e espetáculo cultural.

Pessoas criando uma enorme efígie de Ravana para a celebração de Dussehra
Pessoas trabalham juntas para construir uma enorme efígie de Ravana em preparação para Dussehra

Embora Ayodhya seja o coração espiritual das Ramlilas, a narrativa do Ramayana ultrapassou fronteiras e ganhou novas formas em diversos países do Sudeste Asiático. Na Indonésia, especialmente em Java, o épico é apresentado em performances de dança-teatro como o Wayang Wong e em sombras tradicionais Wayang Kulit. No Camboja, a história é reinterpretada no clássico Reamker, encenado por trupes reais e artistas populares. No território do antigo reino de Champa — hoje parte do Vietnã — versões adaptadas do épico aparecem em esculturas, tradições narrativas e literatura indianizada, refletindo antigas conexões culturais com a Índia

Artistas na Indonésia apresentando Wayang Wong com cenas do Ramayana
Artistas indonésios encenam o Wayang Wong, trazendo à vida cenas do Ramayana por meio de dança, drama e trajes tradicionais

No Vijayadashami, muitas famílias indianas seguem a crença de que tudo o que é iniciado ou adquirido nesse dia prospera. Por isso, é comum ver pessoas comprando ouro, veículos, eletrodomésticos e até imóveis. As joalherias ficam lotadas, concessionárias fazem promoções especiais e lojas exibem símbolos de boa fortuna. Esse hábito vem da ideia de que Vijayadashami é um dos dias mais auspiciosos do ano, quando a energia positiva da vitória de Durga e Rama abençoa novos começos. Comprar algo importante nesse dia é visto como um convite à prosperidade futura.

Mulheres comprando ouro durante as celebrações de Vijayadashami
Mulheres compram ouro durante Vijayadashami, seguindo a tradição auspiciosa que simboliza prosperidade e boa fortuna

Dussehra é, simultaneamente, um festival épico, espiritual e profundamente humano. Ele celebra coragem, fé, disciplina e propósito — lembrando-nos, ano após ano, que mesmo quando a escuridão parece dominante, a luz sempre encontra um caminho.
Mais do que um evento religioso, é um convite para vencermos nossos próprios “Ravanas”, cultivarmos justiça e caminharmos com firmeza e alegria rumo ao bem.
Assim, Dussehra transcende fronteiras: não é apenas um festival da Índia, mas uma mensagem universal sobre renovação, esperança e a vitória do dharma em cada aspecto da vida.

Perguntas Frequentes : Dussehra

Qual é a diferença entre Dussehra e Vijayadashami?

Os dois nomes se referem ao mesmo dia, mas com tradições diferentes. No Norte da Índia, destaca-se Rama derrotando Ravana (Dussehra). No Leste e Sul, celebra-se o triunfo de Durga sobre Mahishasura (Vijayadashami).

Dussehra marca o fim de Navratri?

Sim. Vijayadashami/Dussehra é sempre o décimo dia que encerra o período de nove noites de Navratri, dedicado às formas da Deusa.

Por que Ravana é queimado em Dussehra?

A queima de enormes efigies de Ravana, Kumbhakarna e Meghnath simboliza a destruição do mal e o triunfo do dharma, relembrando a vitória de Rama no Ramayana.

O que acontece durante Vijayadashami em Durga Puja?

Em Bengala e no Leste da Índia, este dia marca o visarjan, a imersão das imagens da Deusa Durga e o encerramento do festival após sua vitória sobre Mahishasura.

Por que Vijayadashami é considerado um dia muito auspicioso?

Porque é visto como um momento ideal para iniciar estudos, novos negócios, aprender música, comprar ouro, veículos ou ferramentas e realizar bênçãos familiares.

O que é Sindoor Khela?

É um ritual bengali no qual mulheres casadas aplicam pó vermelho (sindoor) umas nas outras durante Vijayadashami, simbolizando prosperidade e proteção.

Como o festival é comemorado no Sul da Índia?

Além do Golu — escadarias com bonecos — é comum o ritual Vidyarambham, onde crianças aprendem sua primeira letra no templo, considerado uma iniciação sagrada ao conhecimento.

Estrangeiros costumam confundir Dussehra e Vijayadashami. Por quê?

Porque são celebrados no mesmo dia, mas com histórias diferentes: Rama e Ravana no Norte; Durga e Mahishasura no Leste e Sul. Essa dualidade cria duas narrativas distintas dentro do mesmo festival.

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